As lentes de 12 fotógrafos revelam as mais variadas facetas do Parque do Ibirapuera em um livro único, cheio de
arte, atitude, movimento, poesia e beleza que tem lugar na vida de todos os que amam ou simplesmente
conhecem o parque que é a cara de São Paulo
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Parque Ibirapuera por Natalie Jorge |
A região era alagadiça e tão pouco aprazível que ganhou dos índios o apelido de “pau podre”, ou em tupi, “ypi-ra-ouêra”. Mas,
hoje é a maior jóia da cidade não só pelo patrimônio arquitetônico que está dentro dele, mas – principalmente – pelo carinho
que paulistanos de todas as gerações e classes sociais devotam ao Parque do Ibirapuera.
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Auditório Ibirapuera por Natalie Jorge |
Mas, como tudo em São Paulo, o parque é fruto de uma equação em que se misturam conhecimento, trabalho e teimosia.
Talvez por isso ele seja capaz de traduzir com tanta facilidade a diversidade que é a marca da capital paulista. Mas, entre pau
podre e destaque da cidade, houve uma história com uma boa dose de emoção.
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Lagoa do Ibirapuera por Natalie Jorge |
Para planejar o parque foram chamados nomes de destaque no cenário nacional nos anos 1950: o projeto arquitetônico foi
comissionado ao arquiteto Oscar Niemayer, que criou para a cidade de São Paulo construções em formas tão inovadoras e
arrebatadoras como a Oca, a Marquise e a Bienal. Pode-se dizer, inclusive, que o Ibirapuera foi o percussor da estética que teria
Brasília como seu maior exemplo. Roberto Burle Marx criou um projeto de paisagismo que não chegou a ser concluído. Deve-se
ao engenheiro agrônomo Otávio Augusto Teixeira Mendes a transformação do antigo charco virou um dos mais amados
símbolos da maior cidade da América do Sul.
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Oca por Natalie Jorge |
Depois que o parque ganhou vida, o Ibirapuera passou a ser intensamente amado por quem vive ou visita a cidade de São Paulo.
Estranhamente, entretanto, todo esse amor até agora não tinha sido traduzido em forma de livro conforme constatou Marcos
Azzi, presidente do Instituto Azzi e freqüentador assíduo do parque, que assumiu o papel de mola propulsora deste projeto.
Diante do desafio de retratar o parque, a editora Decor Books convidou 12 renomados fotógrafos para traduzir os muitos
ângulos do parque em imagens que conversam com a alma da gente. Ao passear pelas imagens feitas por Angelo Pastorello,
Beto Riginik, Camilo AC Ramos, Celina Germer, Helena Quintana, Jorge Araújo, Luiz Machado, Marcio Scavone, Martin Szmick,
Natalie Jorge, Neno Ramos e Willy Watge dá para sentir o quanto o parque mais querido de São Paulo traduz a metrópole.
1 comment:
O livro está simplesmente fantástico! E o olhar dos fotógrafos - nos quais fui honrosamente incluída - resume toda a diversidade deste espaço tão incrivel!
PARABÉNS a todos!
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