Tuesday, October 23, 2012

Lançamento: Imagens do Parque Ibirapuera

Natalie Jorge

Tenho o prazer de apresentar-lhes o livro "Imagens do Ibirapuera" da Editora Decor, do qual eu participei ao lado de outros grandes fotógrafos!


Parque Ibirapuera
Lagoa do Ibirapuera por Natalie Jorge

Release:


As lentes de 12 fotógrafos revelam as mais variadas facetas do Parque do Ibirapuera em um livro único, cheio de arte, atitude, movimento, poesia e beleza que tem lugar na vida de todos os que amam ou simplesmente conhecem o parque que é a cara de São Paulo

Parque Ibirapuera
Parque Ibirapuera por Natalie Jorge
A região era alagadiça e tão pouco aprazível que ganhou dos índios o apelido de “pau podre”, ou em tupi, “ypi-ra-ouêra”. Mas, hoje é a maior jóia da cidade não só pelo patrimônio arquitetônico que está dentro dele, mas principalmente pelo carinho que paulistanos de todas as gerações e classes sociais devotam ao Parque do Ibirapuera.

Auditório Ibirapuera
Auditório Ibirapuera por Natalie Jorge
Mas, como tudo em São Paulo, o parque é fruto de uma equação em que se misturam conhecimento, trabalho e teimosia. Talvez por isso ele seja capaz de traduzir com tanta facilidade a diversidade que é a marca da capital paulista. Mas, entre pau podre e destaque da cidade, houve uma história com uma boa dose de emoção.

Parque Ibirapuera
Lagoa do Ibirapuera por Natalie Jorge
Para planejar o parque foram chamados nomes de destaque no cenário nacional nos anos 1950: o projeto arquitetônico foi comissionado ao arquiteto Oscar Niemayer, que criou para a cidade de São Paulo construções em formas tão inovadoras e arrebatadoras como a Oca, a Marquise e a Bienal. Pode-se dizer, inclusive, que o Ibirapuera foi o percussor da estética que teria Brasília como seu maior exemplo. Roberto Burle Marx criou um projeto de paisagismo que não chegou a ser concluído. Deve-se ao engenheiro agrônomo Otávio Augusto Teixeira Mendes a transformação do antigo charco virou um dos mais amados símbolos da maior cidade da América do Sul.

Parque Ibirapuera
Oca por Natalie Jorge
Depois que o parque ganhou vida, o Ibirapuera passou a ser intensamente amado por quem vive ou visita a cidade de São Paulo. Estranhamente, entretanto, todo esse amor até agora não tinha sido traduzido em forma de livro conforme constatou Marcos Azzi, presidente do Instituto Azzi e freqüentador assíduo do parque, que assumiu o papel de mola propulsora deste projeto. Diante do desafio de retratar o parque, a editora Decor Books convidou 12 renomados fotógrafos para traduzir os muitos ângulos do parque em imagens que conversam com a alma da gente. Ao passear pelas imagens feitas por Angelo Pastorello, Beto Riginik, Camilo AC Ramos, Celina Germer, Helena Quintana, Jorge Araújo, Luiz Machado, Marcio Scavone, Martin Szmick, Natalie Jorge, Neno Ramos e Willy Watge dá para sentir o quanto o parque mais querido de São Paulo traduz a metrópole. 


Monday, October 15, 2012

Como criar boas composições e enquadramentos fotográficos

Eu sei que Fotografia significa "desenhar com a luz" e exatamente por isso a tão aclamada "LUZ" é a parte mais importante desta forma de Arte. Com certeza, sem iluminação não temos imagem, mas na minha humilde opinião, considero a composição da imagem a alma da fotografia e nela incluímos a luz e a sombra. Porque na verdade não basta ter luz, é preciso saber enquadrar.

É neste ponto que vou pedir ajuda ao grande mestre Henri Cartier-Bresson para me ajudar neste tema. Não vou dizer o quanto sua contribuição foi importante, vou apenas mencionar que a composição de imagem que ele fazia era simplesmente perfeita. E por que não se basear em grandes referências como ele?

Com Cartier-Bresson eu aprendi que além do "assunto/objeto" principal da foto, o contexto também é importante. Digamos que ele coloca os pingos nos "is". Por exemplo, o que seria desta foto abaixo,

Henri Matisse
Henri Matisse em sua casa por Cartier-Bresson
 Se a composição ou o enquadramento fosse outro? Imagina se ele fizesse esse enquadramento:


Não teria nem de perto a mesma importância ou seria tão belo quanto o original. E se esse outro retrato 

Jean-Paul Sartre
Jean-Paul Sartre por Cartier-Bresson
tivesse sido feito assim:


Ou esse da Simone de Beauvoir

Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir por Cartier-Bresson

fosse assim:



Toda a poética da foto seria perdida. 

Por isso, o equipamento mais importante de um fotógrafo é seu próprio olho, quero dizer, seu olhar, sua capacidade de enxergar as coisas e o potencial de se criar uma foto. De nada adianta ter a melhor câmera do mercado com a lente de mais alta qualidade se a pessoa que está clicando não vê.

Ao compor uma imagem, você tem que decidir qual é a melhor maneira de posicionar os elementos, o que enquadrar e o que deixar de fora, qual o ângulo mais harmonioso e como mostrar e expôr o assunto da foto em relação ao seu contexto. Assim como um pintor precisa trabalhar com os limites de seu canvas, o fotógrafo usa o visor da câmera como seu "espaço criativo" para fazer uma boa composição.

O ângulo usado para fotografar determina a relação entre todos os objetos enquadrados e seus arredores. Procure pontos de vista que simplifique a foto se posicionando de forma que exclua detalhes irrelevantes ou encontrando formas alternativas e diferentes de apresentar o assunto. Enquanto olha pelo visor, tente agachar, subir em alguma plataforma ou simplesmente mover-se para os lados tentando mostrar os objetos de maneiras diferentes.

Dependendo do que você for fotografar, vale a pena andar ao redor dele, pois não só a luz irá mudar conforme você se move, mas como terá uma grande diferença na composição, pois a paisagem do fundo e do primeiro plano será diferente. Um fundo poluído e que tira o "foco" do modelo a ser clicado, pode ser removido simplesmente dando alguns passos para o lado.

A perspectiva e a profundidade de campo são elementos muito ricos em uma composição, pois eles dão a impressão de que se está olhando para uma cena em três dimensões. Há diferentes maneiras de criar esse efeito. Você pode colocar um objeto atrás do outro criando diversos planos, usar e abusar de perspectivas lineares e pontos de fuga, adicionar o efeito das cores ficarem mais claras e apagadas a medida que vão se distanciando da câmera ou usar um abertura grande na lente e deixar o fundo desfocado. Ao trabalhar pontos de fuga, pode-se dramatizá-los usando uma lente grande angular, que "afasta os planos" e cria a ilusão de que o corredor é mais comprido do que realmente é. 

Um mestre em dramatizar suas imagens usando esse tipo de enquadramento é o cineasta Stanley Kubrick. Veja o video abaixo e comprove que todos os filmes dele são compostos da mesma forma dramática, inteligente e harmoniosa:



Ao falar em enquadramento é necessário mencionar a regra dos terços, que divide a foto em três parte iguais horizontais e outras três verticais. Ela dita que você deve posicionar o objeto ou modelo nos terços laterais superiores ou inferiores da foto. Pode-se aplicar a mesma regra para cores e formas. Duas cores fortes ou formas dominantes competirão pela atenção de quem está vendo, mas se colocadas de forma que conversem uma com as outras, elas podem formar uma composição harmoniosa.

O ideal é gastar um tempo estudando e compondo a imagem no visor da câmera, posicionando os elementos de forma a atingir o efeito desejado. Portanto, decida primeiro quais são os elementos mais importantes, escolha um ângulo e a distância focal. O enquadramento é tudo, é como você contextualiza a história.

Além de Stanley Kubrick, sugiro que vocês assistam o filme Moonrise Kingdom do cineasta Wes Anderson que também é uma aula de composição.



Thursday, October 11, 2012

Por que fotografar em RAW?

O raw, cuja tradução é "cru", é um formato de arquivo que contém todos os dados da imagem conforme ela foi captada pelo sensor da câmera. É um arquivo bruto, sem nenhum tipo de compactação ou processamento e por isso é um arquivo grande e de alta qualidade. O raw é o seu negativo digital e, assim como no filme, o negativo não é usado como imagem, mas contém todas as informações necessárias para criar uma. Ele precisa ser "revelado", o que toma um pouco mais de tempo do fotógrafo do que clicar em jpg, que é um tipo de arquivo já compactado e com perfil de cor e ajustes automáticos já estabelecidos.

Bene's Malhas

Mas porque fotografar em RAW e não em JPG?

Por ser um arquivo completo, é possível processar e ajustar a imagem em RAW sem grandes perdas na qualidade final. Já um arquivo JPG perde qualidade cada vez que você altera e salva a imagem, justamente por ser um arquivo de compactação. Ele descarta tudo que considera irrelevante, que o olho não vê.

Traduzindo, o RAW permite que você controle melhor os ajustes da imagem do que um JPG que já vem pré-processado.

Outra grande vantagem de fotografar em RAW é que esse formato, por ser considerado um negativo digital, é a garantia de que a foto é sua. Ele é aceito pela justiça brasileira como prova em tribunal.

Em alguns casos, como de fotografia de eventos e festas o raw acaba tornando-se inviável por conta do grande número de fotos a serem descarregadas e processadas. Pelo JPG ser um arquivo menor, já compactado e pré-processado ele agiliza muito a entrega do material nestas situações. Mas é muito importante sempre termos o arquivo raw para a nossa garantia. Portanto, mesmo que você precise economizar no tempo, ao menos ajuste sua câmera para capturar a imagem nos dois formatos.

Cada fabricante usa uma extensão diferente para indicar este tipo de arquivo:
- Canon: .cr2 .crw
- Nikon: .nef .nrw
- Sony: .arw .srf .sr2
- Olympus: .orf
- Pentax: .ptx ou .pef
- Fuji: .raf
- Panasonic: .raw .rw2
- ...

Thursday, October 4, 2012

Dicas para fotografar crianças | Como fazer um book infantil

Natalie Jorge Fotografia

Muita paciência e bom humor são os requisitos básicos para fotografar crianças, pois seu maior desafio será dirigi-la. Enquanto há algumas crianças que detestam serem fotografadas, choram, querem ir embora, não colaboram com nada, há outras que você praticamente não precisa falar nem fazer nada, elas simplesmente adoram, fazem tudo que você pedir e o ensaio flui super bem. Mas seja em estúdio ou em locação externa, tente sempre fazer com que seja uma experiência divertida. Coloque músicas infantis e peça para ela dançar, leve brinquedos, deixa-a olhar pelo visor da câmera e pergunte o que ela acha e, mais importante, sempre mantenha um diálogo com ela se interessando pelo que ela está fazendo ou falando.

Natalie Jorge Fotografia

As crianças raramente ficam paradas, portanto você terá que ser sempre muito rápido. Não vale fotografá-la em um ambiente com pouca luz, pois será necessário usar uma velocidade rápida de no mínimo 60 para congelar o movimento com precisão. Tente também não restringir seus movimentos pois caso contrário ela ficará impaciente e não irá mais cooperar. Agache ou sente e coloque-se na mesma altura dela ao fazer os enquadramentos. Se você estiver fotografando em estúdio, preocupe-se em colocar as tochas mais baixas, e deixar equipamentos caros fora do alcance.

Natalie Jorge Fotografia


Thursday, September 27, 2012

Promoção de BOOK SENSUAL


Estamos com uma promoção de book de sensual com 40% de desconto. De R$ 1.350,00 sai por R$ 800,00!! Aproveitem!

Wednesday, September 26, 2012

Quem está usando suas imagens sem permissão?

Quando o Google disponibilizou a busca por imagens através do endereço eu não dei muita bola, mas hoje fui pesquisar a respeito e achei muito interessante. Essa ferramenta permite que você descubra quem está usando a sua imagem na internet. Quando a gente faz o upload de uma foto que a gente SUOU para fazer, esperamos que as pessoas gostem, comentem e até compartilhem, mas que coloquem os CRÉDITOS DEVIDOS!!! Duro é quando você faz a busca por uma imagem SUA e descobre que além de a estarem usando, ainda deram o crédito para outro fotógrafo que você nunca viu mais gordo na vida!! FALA SÉRIO!! 

Para fazer esta busca nas suas imagens você deve clicar na foto e depois que ela carregar, clicar em cima dela com o botão direito do mouse. Selecione "copiar endereço da imagem" e,  na página do Google, opte por busca de imagens e clique no ícone da câmera que aparece no campo de busca. 

quem está usando suas imagens sem permissão?

Cole o endereço da imagem e pronto! O resultado é bem preciso, portanto tenha um chá de camomila ou uma suco de maracujá por perto e ouça músicas relaxantes antes de fazer isso e começar a distribuir palavrões, ok?

Boa sorte!

Monday, September 24, 2012

Tutorial: reduzindo o ruído da foto

Sandra Goncalves


No meu post anterior eu escrevi sobre como tirar melhores fotos, com mais definição. E, um dos tópicos abordados foi o ruído que a pouca quantidade de luz e o uso de um ISO alto causam na foto. O Camera Raw nos permite corrigir isso de uma maneira muito fácil. Confira o video!

Thursday, September 20, 2012

Como tirar fotos com melhor qualidade


São muitos fatores que podem comprometer a qualidade da foto e eu vou lhe contar agora o que você pode fazer para conseguir imagens mais nítidas. 

1- ISO

O ISO é a o sistema usado para determinar a sensibilidade do filme à luz. Hoje, não usamos mais película, mas ele ainda continua valendo. Se a cena a ser fotografada está bem iluminada, pode-se usar um ISO baixo (50, 100) resultando em fotos de altíssima qualidade. Mas, conforme a quantidade de luz for caindo, torna-se necessário subir o ISO para 200, 400, 800 ou até mais para conseguirmos capturar alguma coisa. O problema é quanto mais aumentamos o ISO, mais ruído ele causa na imagem, comprometendo a qualidade desta. Portanto tente ao máximo não aumentar o ISO.

Na imagem abaixo, eu usei ISO 1600 para conseguir uma boa exposição, o que resultou em muito ruído:




É possível reduzir ou até sumir com ele usando o Camera Raw no menu details - noise reduction. Ele funciona muito bem. Abaixo vocês podem ver o resultado após o tratamento.



2- Tripé

A quantidade de luz é sempre um problema. Às vezes eu saio para fotografar em baixo de um sol forte, mas eu quero o máximo de profundidade de campo possível e acabo tendo que baixar muito a velocidade. Para esses momentos é sempre bom ter um tripé. É muito difícil você conseguir segurar a câmera na mão sem tremer com velocidades abaixo de 30. Isso acontece bastante quando estou fotografando arquitetura, onde preciso que absolutamente tudo esteja em foco. Portanto acabo sempre colocando a câmera em cima do tripé (mesmo para poder alinhar melhor o enquadramento), ajustando a abertura para 22 e a velocidade para o quanto for necessário.

O tripé faz muita diferença sim! Existem milhares de modelos de pés e de cabeças de tripé e acaba sendo um pouco confuso escolher um deles. Antes de mais nada, você precisa conhecer o seu equipamento. Você deve saber o quanto pesa a sua câmera e a sua lente mais pesada juntas, pois se você comprar uma cabeça com capacidade menor, ela não vai sustentar. Você vai colocar na posição mas ela não vai manter. Tenha em mente também que pode ser que em um futuro próximo você invista em uma lente maior e mais pesada, o que deve ser considerado pois os tripés duram muito. Existem vários sistemas diferentes de rotação da cabeça. Para quem faz fotografia de espetáculo ou de esportes, é interessante investir em um que seja rápido. Dois sistemas bons são de bola (ball head) e o de joystick (pistol grip head). Este último você aperta e ele move para qualquer lado em qualquer inclinação. 

Além do fator peso, existe o fator deslocamento. Na hora de escolher as pernas, prefira pernas fortes, com estabilidade e praticidade. O problema é que quanto mais forte, mais pesado é o tripé. Por isso que você precisa saber em quais ocasiões você irá usá-lo. Se for somente para estúdio isso não deve ser uma preocupação, mas caso você faça muita foto externa, você precisa ver o quanto você está disposto a carregar nas costas. Leve também em consideração o sistema de abertura e fechamento das pernas do tripé. Ele precisa ser prático e firme. 

Um acessório muito útil que já vem em alguns tripés, mas não em todos, é o nivelador (bubble level) que mostra se o tripé está reto. Ele é muito útil para poder alinhar o enquadramento em fotos de arquitetura e paisagem.

Quando vou comprar equipamento, uma das coisas que eu me preocupo é a marca, pois sei que vou estar investindo em algo bom e duradouro. Quando penso em tripés eu sempre considero a marca Manfrotto, que é a preferida dos fotógrafos.

3- Lente

Você não deve economizar nas suas objetivas. Elas duram muito. Eu tenho lentes há 10 anos que estão em ótimo estado apesar de já ter trocado de câmera umas 5 vezes neste meio tempo. Além disso elas interferem muito na qualidade da imagem. Portanto é aqui que você deve investir pesado. Procure sempre as lentes mais claras, isto é, com aberturas maiores (2.8 para baixo) e que não sejam daquelas de "plástico". Se você tem equipamento Canon, concentre-se na serie L.

Wednesday, September 19, 2012

Hiperrealismo: pinturas tão reais que parecem fotografias


Podem acreditar! As imagens abaixo são pinturas e não fotografias. E talvez vista assim pequenas pelo computador dê uma impressão ainda mais realista. Isso na verdade é uma escola de pintura chamada hiperralismo que surgiu em 1973 em um exposição Fotorrealista em Bruxelas. 

Desde o século XV a câmera obscura vem auxiliando pintores e desenhistas a executarem seu trabalho e, desde seu surgimento, a Fotografia tornou-se uma ferramenta de grande importância para muitos artistas que buscavam reproduzir com fidelidade o que viam. A partir daí veio o Fotorrealismo como uma derivação da arte pop e dele o Hiperrealismo que vemos abaixo.

Richard Phillips
Richard Phillips costuma pintar quadros de celebridades. Muito bom, não é? Mas mais legal que o trabalho dele é o da americana Marylin Minter. Recomendo muito o site dela, pois ela tem um portfólio muito interessante. Ela usa tinta de esmalte em cima do alumínio e depois usa seus dedos para amenizar as pinceladas. 

Marylin Minter
Dentre eles muitos outros artistas dessa escola tem trabalhos incríveis e muito bonitos que vale a pena conferir.

Dan Witz


Alyssa Monks
Fonte: Flavorwire